domingo, 14 de fevereiro de 2010

Preguiça

É espontânea, em mim imperatriz.
Impossível gostar da sua languidez.
E cansa-me assim que me diz,
que posso deixar tudo para outra vez.

É paralisadora, em mim entregue.
Não tem dó nem piedade.
E humilha-me assim que consegue,
apoderar-se da minha intelectualidade.

É inconstante, em mim contrariedade.
Ás vezes, promete deixar-me ir.
E assusta-me assim que a sua comodidade,
volta, instantâneamente, a me consumir.

É detestável, em mim parede maciça.
Procura-me em todo o lugar.
E devora-me de novo preguiça,
pois serei fácil de encontrar.

És assim, em todos morte postiça,
sem vontade, sem força, sem acreditar.

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