Olhando pela janela, eu vejo-a.
Melancólica, esverdeada, desejo-a.
E observando, sem ruído ou movimento,
acabo imobilizando corpo e pensamento.
São raízes que eu crio,
prendo-me à velha paisagem
onde tudo é igual e sombrio.
Insiro-me na tela que alguém pintou.
E quando sai à rua,
visto-me de abutre.
Alimento-me do que resta,
do que não presta,
se é que alguma vez prestou.
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