sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ódio

Paredes brancas escurecem ao ver-te passar.
Núvens correm a esconder o sol de ti.
Ódio e egoísmo começam a contagiar,
ao amor, verdade e partilha dás um fim.

Já não há rio que corra para o mar.
Secaste as fontes, pisaste as flores,
proibiste os pássaros de voar.
Como maldição, fizeste a terra perder as cores.

Não consigo para de chorar,
no meio dos anjos me aprisionaste.
Levaste um, para com ódio lhe injectar.
Vírus revolucionário que tu próprio criaste.

Há sangue no chão, gritos no ar
e o mais forte desejo de sair daqui.
As grades impedem-me de o realizar.
Sinto arrependimento porque um dia não fugi.

Tens um lacre de mal na tua mão,
mas a cera dessa vela um dia acabará.
Vai cair teu corpo neste pavimento em combustão
e a tua pobre alma, essa chama, queimará!

Sem comentários:

Enviar um comentário