domingo, 14 de fevereiro de 2010

Correntes

Bebi na fonte tua bonomia,
a navegar teu rio sem curso.
E jamais senti a pele fria,
quando no teu abraço de urso,
o meu corpo se aquecia.

Encontrei tudo o que queria,
a bolinar nessa corente.
E jamais senti a alma fria,
quando no teu olhar urgente,
o meu olhar se fundia.

...

Esta noite o choro embacia
os gélidos olhos que te desejaram.
E abraço, fora ele um dia.
Agora, esse calor me roubaram.

Tudo o que bebo é apatia.
As tuas fontes já secaram.
E aquilo que de nós fluía,
para outras correntes o arrastaram.

Sem comentários:

Enviar um comentário