Na verdade, já não sei escrever,
nem para onde levaste a poesia.
Redijo-te versos por enriquecer
pois cegas-me tudo à periferia.
Miragem esporádica, constante desejo.
Urge em mim te poder ler.
Mas em palavras não te vejo,
só exprimem loucas o carecer.
Não preciso louvar-te a beleza,
tácita no sorriso mais completo.
Estudo as margens na incerteza,
tentando-me a alma em concreto.
Vem sem demora,
Cega-me tudo, este ansiar.
Urges-me de tanta insensatez.
Se desapareceres agora,
Deixa-me um sonho para louvar,
Sorri-me só mais uma vez...
quinta-feira, 18 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Sejam Autênticos!
Exprimem-se, é verdade.
Seja na impressão adulterada,
na transcrição que não diz nada.
Mas exprimem.
Uma espécie de inutilidade.
Em textos distorcidos
escrevem mas não sentem
o que sentem e não escrevem.
Mas enfeitam.
Como bordados em tecidos.
Folhas tão bem marcadas
pela caneta de tinta a musa,
de inspiração alheia e difusa.
Mas escrevem.
Palavras já muito pronunciadas.
Não se cometa tamanho presságio:
pôr letras nos espaldares do plágio.
Roubadas e transformadas,
perfiladas e encaixadas,
na mais estúpida harmonia.
E Sejam Autênticos!
Não há por que clonar a escrita,
tornando a arte tão restrita.
Exprimam, enfeitem, escrevam,
mas trabalho da vossa autoria!
Seja na impressão adulterada,
na transcrição que não diz nada.
Mas exprimem.
Uma espécie de inutilidade.
Em textos distorcidos
escrevem mas não sentem
o que sentem e não escrevem.
Mas enfeitam.
Como bordados em tecidos.
Folhas tão bem marcadas
pela caneta de tinta a musa,
de inspiração alheia e difusa.
Mas escrevem.
Palavras já muito pronunciadas.
Não se cometa tamanho presságio:
pôr letras nos espaldares do plágio.
Roubadas e transformadas,
perfiladas e encaixadas,
na mais estúpida harmonia.
E Sejam Autênticos!
Não há por que clonar a escrita,
tornando a arte tão restrita.
Exprimam, enfeitem, escrevam,
mas trabalho da vossa autoria!
terça-feira, 2 de março de 2010
Albergues da vida
Com sorrisos inventados
vivem na sombra modesta.
Escombros mal afectados,
nos ecos do pó que resta.
Tão sós e sem perceber
que o sangue corre nas veias.
Com as palavras por dizer
amordaçadas pelas teias.
Lá repousam paralelamente
em oferendas da vingança.
Deste descanso já doente,
nasceu o medo, morreu a esperança.
Não são mais que cinzas
da velha paixão extinta.
E mesmo quando se enlaçam
na ternura desvanecida,
estes corpos já não passam
de albergues para a vida.
vivem na sombra modesta.
Escombros mal afectados,
nos ecos do pó que resta.
Tão sós e sem perceber
que o sangue corre nas veias.
Com as palavras por dizer
amordaçadas pelas teias.
Lá repousam paralelamente
em oferendas da vingança.
Deste descanso já doente,
nasceu o medo, morreu a esperança.
Não são mais que cinzas
da velha paixão extinta.
E mesmo quando se enlaçam
na ternura desvanecida,
estes corpos já não passam
de albergues para a vida.
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