Volto-me e revolto-me e desfaço-me
em rodopios violentos no colchão
pois eu só durmo na exaustão.
E nas horas de tudo isto enlaço-me
nas dactilografias da minha emoção.
Quem dera não ter de me ausentar
do báratro nocturno da realidade.
Se ao menos não tivesse de sonhar
os sonhos são um inferno de verdade
que molestam até depois de acordar.
E se eu podesse somente escrever
deixar o lápis e o caderno adormecer
por mim, sem ter de desligar no escuro.
É que sei que este sono é mais impuro
que as palavras paridas ao anoitecer.
E toda a vida sempre foi assim,
noites de castigo por dormir em mim
a dor e o abatimento de ser em vão.
Depois disto mais uma insónia tem fim
agora que o esgotamento me queima a mão.
Outro presságio estará para vir,
oxalá não tivesse de dormir...
domingo, 9 de outubro de 2011
Porque preciso
Preciso de algo mais que este conforto
de dormir emparelhada à tua pele.
Alguma coisa me diz que este porto
só é seguro até que o dia se revele.
Tenho medo deste pano de cristal
espelho brilhante que me ilude.
Esta paixão que me esconde o real
onde não é certa a tua atitude.
Se o tempo resolve as situações
então a experiência já me mentiu.
Será tão herege como as estações
sempre a jogar ao quente e ao frio?
E eu não sei mais quanto tempo
me deixas apertar as tuas mãos.
Se é até que este silêncio azede,
quero até que os sonhos fiquem sãos.
Porque preciso de algo mais
que as descobertas nos lençóis,
que o beijo quente quando sais
quase-abraço com que me destróis.
Dá-me do tempo em que és tudo
não só estrelas e suores desleais.
Eleva-te aos cânones que não me iludo
porque precisarei sempre de algo mais...
de dormir emparelhada à tua pele.
Alguma coisa me diz que este porto
só é seguro até que o dia se revele.
Tenho medo deste pano de cristal
espelho brilhante que me ilude.
Esta paixão que me esconde o real
onde não é certa a tua atitude.
Se o tempo resolve as situações
então a experiência já me mentiu.
Será tão herege como as estações
sempre a jogar ao quente e ao frio?
E eu não sei mais quanto tempo
me deixas apertar as tuas mãos.
Se é até que este silêncio azede,
quero até que os sonhos fiquem sãos.
Porque preciso de algo mais
que as descobertas nos lençóis,
que o beijo quente quando sais
quase-abraço com que me destróis.
Dá-me do tempo em que és tudo
não só estrelas e suores desleais.
Eleva-te aos cânones que não me iludo
porque precisarei sempre de algo mais...
sábado, 18 de junho de 2011
Losing myself in the rain
we're layed up in the cloudy sky
and he sang to me with no reason why
that sometimes you loose your control
"what a good excuse for an asshole"
as his bittersweet tears falled down
like flowers blossoming from walls
I won't hug him again like a clown
I'll fly with my pride as he falls
'cause the bells are now sounding
your songs of betrayal so right
and I can hear it through my door
'cause you choose the wrong thing
and you can't sleep at night
I swear you won't sleep anymore
one day I was told you weren't good
but still I believed that you could
make me feel like the only one loved
yes I feel like the only one shoved
and now I'm losing myself in the rain
I tought I wouldn't face it again
this time there's no need to get calm
it wasn't just another false alarm
so sing for me louder
and silence the bells
believe me it's harder
than a million farewells
so leave this place now
and wish me the best
believe I won't sough
I just need some rest
and he sang to me with no reason why
that sometimes you loose your control
"what a good excuse for an asshole"
as his bittersweet tears falled down
like flowers blossoming from walls
I won't hug him again like a clown
I'll fly with my pride as he falls
'cause the bells are now sounding
your songs of betrayal so right
and I can hear it through my door
'cause you choose the wrong thing
and you can't sleep at night
I swear you won't sleep anymore
one day I was told you weren't good
but still I believed that you could
make me feel like the only one loved
yes I feel like the only one shoved
and now I'm losing myself in the rain
I tought I wouldn't face it again
this time there's no need to get calm
it wasn't just another false alarm
so sing for me louder
and silence the bells
believe me it's harder
than a million farewells
so leave this place now
and wish me the best
believe I won't sough
I just need some rest
sábado, 8 de janeiro de 2011
Nestas noites
Sem saber se é permitido
contar estrelas no relvado,
por entre noites com sentido,
semeamos risos em todo o lado.
Jogos de ternura e de sorte,
partilhando um intimo segredo.
Naquela noite em que o medo
se rendeu ao abraço mais forte.
Em promessas feitas sem vontade
e à guarda da inexperiência,
cumprimos actos de inocência
só p'ra dar uso à realidade.
Encontramos sempre os beijos
nos tumores da melancolia
que só a noite evidencia,
tornando cegos os desejos.
Roubos de mágoa ou de prazer
pois a carência sai no escuro
louca ao ponto de nos dizer
que a imprudência é um futuro.
E houve noites de desinfecção
inúteis até para adormecer
em que regurgitaste o carecer
a cada golfada de traição.
Crescemos em palavras confortáveis
que nos enchiam as madrugadas
de sonhos fora das almofadas
e histórias em passeios afáveis.
Sobram-nos as de puro hedonismo.
Uma colectânea de belas canções
interpretadas pelas emoções.
Noites que dormem no saudosismo.
Nestas noites conhecemos o amor,
a raiva, a alegria e a amargura.
Nestas noites demos alma à dor,
à amizade, à tristeza e à ternura.
Estas noites de quem sente...
São quadros pintados na lua,
flores que perfumavam a mente.
Velas que alumiam o presente.
São noites que o futuro perpetua,
minhas, tuas e de toda a gente...
contar estrelas no relvado,
por entre noites com sentido,
semeamos risos em todo o lado.
Jogos de ternura e de sorte,
partilhando um intimo segredo.
Naquela noite em que o medo
se rendeu ao abraço mais forte.
Em promessas feitas sem vontade
e à guarda da inexperiência,
cumprimos actos de inocência
só p'ra dar uso à realidade.
Encontramos sempre os beijos
nos tumores da melancolia
que só a noite evidencia,
tornando cegos os desejos.
Roubos de mágoa ou de prazer
pois a carência sai no escuro
louca ao ponto de nos dizer
que a imprudência é um futuro.
E houve noites de desinfecção
inúteis até para adormecer
em que regurgitaste o carecer
a cada golfada de traição.
Crescemos em palavras confortáveis
que nos enchiam as madrugadas
de sonhos fora das almofadas
e histórias em passeios afáveis.
Sobram-nos as de puro hedonismo.
Uma colectânea de belas canções
interpretadas pelas emoções.
Noites que dormem no saudosismo.
Nestas noites conhecemos o amor,
a raiva, a alegria e a amargura.
Nestas noites demos alma à dor,
à amizade, à tristeza e à ternura.
Estas noites de quem sente...
São quadros pintados na lua,
flores que perfumavam a mente.
Velas que alumiam o presente.
São noites que o futuro perpetua,
minhas, tuas e de toda a gente...
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