segunda-feira, 26 de abril de 2010

Adoro

Adoro o poder de distracção,
a preocupação.
Os olhares desfocados,
tão ansiados.
Um jeito diferente de paixão.

Adoro a expressão dura,
a procura.
A relevância do cruzamento,
no pensamento.
Uma saciável forma de tortura.

Adoro a estranha beleza,
a firmeza.
O monossílabo em surdina,
esta cortina.
Um assesto residente na incerteza.

Adoro o cheiro sem ter perfume,
todo este lume.
A luz que emoldurei,
me fixei.
Uma dependência sem ciúme.

Hoje mais que em qualquer dia,
adoro a fantasia!
O ter sem tocar,
o ver sem olhar.
Uma nascente da alegria.

Adoro, somente, poder adorar…

2 comentários:

  1. Excelente trabaho, muito lindo. Os meus parabéns por este blog, espero que continues com esta tua arte.
    Boa sorte... ;)
    Filipe Alvéola

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  2. Olá! Sou eu de novo! O poema está 5*, profundo... Simplesmente...Adorei :))))))
    Beijos e Abraços! Oxana

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