domingo, 11 de abril de 2010

De boca fechada

Foi o Sol que um dia me disse
que seria mágico se me risse
e deixasse que o mundo ouvisse.

Disse que o meu sorriso iluminava
a noite quando ele se deitava
e o meu riso aconchegava.

Mas já ninguém no mundo ouvia
o som dessa minha magia
quando de noite me ria.

Os timbres da felicidade
pertencem à outra idade
que jaz morta na saudade.

Nesta agora, quando sorrio,
não aconchego, só arrepio
e as noites não alumio.

De mágico já não tenho nada
e p'ra mostrar alegria ensaiada,
mais vale sorrir de boca fechada!

Mesmo que o Sol me mentisse
por uma razão eu acreditava
pois pensei que o mundo queria
ouvir um pouco de alacridade
mas nenhum escutar se abriu.
Hoje para rir e ser ignorada...

... mais vale sorrir de boca fechada!

1 comentário:

  1. Como eu gostava que também nesta idade alguém silpesmente aprecia-se o nosso sorriso e o valoriza-se mais que palavras... Hoje em dia isso não acontece, é triste... Não quero ser repetitiva mas o poema está lindo! Ainda bem qu continuas a escrever assim! Bjns Oxana

    ResponderEliminar