Temos de admitir agora
antes que vás embora
que, quando as mãos tremem
e toda a pele se arrepia,
os lábios num ápice cedem
e sabemos que acabou o dia.
Tens de ser muito breve,
tornar este tempo mais leve.
Antes que os lábios molhados
e todo o prazer da euforia,
acabem de novo consternados
pela efemeridade da magia.
Tenho de ser interessante,
pois em qualquer instante,
sei que descerás da lua.
Quando o Sol se evapora,
passeias-te na minha rua:
apetitoso por fora,
delicioso na hora...
Já não se desfaz esta constante:
Teu prazer de me ver nua,
meu prazer de ser errante...
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