domingo, 25 de julho de 2010

Sem sentidos

Por norma
sentiria a forma.
Mas minto.
Quando toco,
nada sinto.

Por consequência
preveria a essência.
Mas é vazio.
Quando inspiro,
a nada associo.

Por orgulho
ouviria o barulho.
Mas refuto.
Quando ouço,
nada escuto.

Por regra
veria a quebra.
Mas se desejo,
quando olho,
nada vejo.

Nada é o sabor
quando te beijo.
Mas o amor
tira a mordaça,
por Farsa.

1 comentário: